Vírus do Nilo Ocidental: risco sanitário também crescente para a nossa região!

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As infecções e mortes pelo vírus do Nilo Ocidental estão a aumentar no norte de Itália. As autoridades de saúde aconselham vigilância e prevenção.

In Norditalien steigen Infektionen und Todesfälle durch das West-Nil-Virus. Gesundheitsbehörden raten zur Wachsamkeit und Prävention.
As infecções e mortes pelo vírus do Nilo Ocidental estão a aumentar no norte de Itália. As autoridades de saúde aconselham vigilância e prevenção.

Vírus do Nilo Ocidental: risco sanitário também crescente para a nossa região!

Nas últimas semanas, o vírus do Nilo Ocidental causou considerável preocupação no norte da Itália. As autoridades de saúde da região de Emilia-Romagna tiveram de reportar aumentos alarmantes no número de infecções e quatro mortes entre as pessoas afetadas. Esta doença tropical, que originalmente se espalhava principalmente em climas quentes, está agora a espalhar-se cada vez mais no sul da Europa e também representa um desafio crescente para a saúde pública na Alemanha.

Os últimos relatórios de Bolonha mostram que 39 pessoas na região de Emilia-Romagna testaram positivo para o vírus este ano. A autoridade sanitária de Modena aumentou então o nível de risco e apelou à população para estar vigilante. A autoridade enfatizou a necessidade de medidas de precaução especiais, especialmente após o recente incidente em que morreram outras duas vítimas com idades entre 70 e 86 anos. Ambos os que morreram já sofriam de doenças crónicas, o que sublinha o perigo do vírus para grupos vulneráveis.

Número crescente de infecções e mortes

O Instituto Robert Koch (RKI) relata que o vírus do Nilo Ocidental na Europa é transmitido principalmente por aves migratórias que chegam de regiões tropicais. Os mosquitos, especialmente o gênero Culex, transmitem o vírus das aves para as pessoas. Foram notificados casos em 12 outros países da Europa até agora este ano, sublinhando a propagação do vírus. Este é um desenvolvimento alarmante para a Alemanha, uma vez que já foram detectadas infecções que indicam um potencial estabelecimento do vírus no país.

A Autoridade Sanitária de Modena intensificou as medidas de controlo dos mosquitos como parte da resposta à ameaça crescente. Isto inclui a limpeza regular de áreas verdes e jardins e a remoção de água parada que fornece criadouros de mosquitos. Os cidadãos são ativamente encorajados a manter os seus arredores limpos e a realizar tratamentos com larvicidas específicos após as chuvas.

Sintomas e perigos do vírus

O vírus do Nilo Ocidental pode causar sintomas semelhantes aos da gripe nas pessoas infectadas. Cerca de 20% das pessoas infectadas desenvolvem sintomas como febre, calafrios, fadiga e dores de cabeça e nas costas. No entanto, em casos raros, a infecção pode levar a doenças graves, como a encefalite, que pode se manifestar como alterações mentais, fraqueza muscular e outros sintomas neurológicos complexos.

Devido à situação atual, não existe nenhuma vacina aprovada contra o vírus, o que coloca os grupos de risco, especialmente os idosos e os doentes com doenças cardiovasculares, numa posição particularmente precária. As autoridades de saúde orientam a população a ter cuidado e a se proteger com uso de repelente contra mosquitos e uso de roupas adequadas.

O aumento do número de casos e das mortes associadas ilustra a necessidade de medidas abrangentes de prevenção e vigilância. Tomas Jelinek, diretor científico do Centro de Medicina de Viagens, sublinha que o vírus do Nilo Ocidental representa uma ameaça crescente que afeta não só o sul da Europa, mas também a Alemanha. Dados os habitats naturais e as condições climáticas, é muito provável que o vírus continue a espalhar-se e a tornar-se sazonal nos próximos anos.

Os desenvolvimentos em torno do vírus do Nilo Ocidental são um forte sinal para todos os cidadãos estarem vigilantes e tomarem medidas de precaução adequadas. As autoridades de saúde intensificarão os seus esforços para combater a doença, mas a participação da comunidade é essencial para prevenir eficazmente a propagação do vírus.